segunda-feira, 17 de março de 2008

Projeto de Fruticultura Irrigada estabelece metas até 2010


Da Assessoria de Imprensa


O Vale do São Francisco, que exportou no ano passado 78.404 toneladas de uvas e 107.812 toneladas de mangas, pretende aumentar até o ano de 2010 o volume das frutas comercializadas nos mercados interno e externo, além da identificação de novos mercados e da ampliação do número de propriedades certificadas. A meta foi discutida em Petrolina semana passada durante a oficina de validação do projeto APL (Arranjo Produtivo Local) de Fruticultura Irrigada de Pernambuco.

Os pequenos fruticultores de 16 associações e cooperativas dos municípios de Petrolina, Lagoa Grande e Santa Maria da Boa Vista, no Sertão do São Francisco, se reuniram com representantes de diversas entidades, a exemplo do Sebrae, Embrapa e Codevasf , para discutir o fortalecimento do arranjo produtivo através da superação de barreiras de acesso ao mercado nacional e internacional.
Segundo a gestora do projeto, Edneide Libório, a Unidade de Negócios do Sebrae em Petrolina apresentou ao grupo o protocolo de intenções e acordo de resultados, trabalho feito em conjunto pelo Sebrae, as entidades e os produtores contendo todas as reivindicações do segmento e objetivos até o ano de 2010.
“ Agora vamos ajustar e assinar o protocolo, criando inclusive um grupo gestor para acompanhar os focos estratégicos: fortalecer a cultura da cooperação, melhorar a gestão das empresas rurais, superar as barreiras de acesso ao mercado externo, promover o acesso ao mercado interno e externo e às novas tecnologias, diversificar as culturas, além de divulgar a marca da Indicação Geográfica de Procedência do Vale do Sub-médio São Francisco”, conclamou Edneide Libório. A gestora do projeto adiantou também que ainda há tempo para a participação de outros representantes de cooperativas e associações que tenham interesse em se engajar no trabalho.

Para o presidente da Asspin-Associação dos Pequenos Produtores Irrigantes do Núcleo 4 do Projeto de irrigação Senador Nilo Coelho, Jorge Mariano, a idéia de trabalhar em conjunto as potencialidades e as necessidades da cadeia produtiva da fruticultura é muito boa e vai trazer bons resultados para todos os envolvidos. “ Ações como a certificação e a capacitação dos trabalhadores rurais, tão bem operacionalizadas pelo Sebrae e Embrapa, por exemplo, vão permitir que mais e mais pequenos produtores tenham acesso ao conhecimento e as novidades do setor”.
O coordenador técnico da Valexport-Associação dos Produtores e Exportadores de Hortigranjeiros e Derivados do Vale do São Francisco - Jeziel da Cruz também aprovou o projeto afirmando ser um grande passo para o crescimento da fruticultura no Estado. “ Com os objetivos desta ação, os pequenos produtores terão maiores possibilidades no competitivo mercado nacional e internacional. Eles serão melhor capacitados com programas como participação em feiras, seminários e certificação, além de acesso a alguns serviços como o de análises laboratoriais para verificar a incidência de resíduos químicos nas frutas ”, destacou.

Outra ação que faz parte do projeto é a aquisição do Bônus de Certificação, que vai facilitar aos pequenos fruticultores o acesso aos serviços de certificação das propriedades e produtos através do subsídio de 50% do valor das auditorias iniciais e de manutenção. A representante da Embrapa Semi-árido, Alessandra Mendes, disse que o conjunto das ações do APL de fruticultura funciona como instrumento para uma maior aproximação da entidade com o produtor rural. “Além de facilitar a proximidade e integrar as ações de cada um dos parceiros, o projeto vai com certeza ampliar e difundir as tecnologias, diminuir custos, melhorar a qualidade dos produtos e a produtividade”, justificou.


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