terça-feira, 10 de junho de 2008

Advogados são barrados no Fórum de Jaboatão

Da SL Comunicação e Marketing/Assessoria de Imprensa da OAB-PE

Juíza Maria Inês não permitiu que os profissionais acompanhassem o início dos depoimentos das testemunhas da Operação Canaã, realizada pela Polícia Civil em 2007 e que prendeu mais de 30 pessoas envolvidas em tráfico de drogas e grupos de extermínio


Recife/PE - Advogados que atendem os envolvidos na Operação Canaã, realizada em novembro do ano passado pela Polícia Civil de Pernambuco e que resultou na prisão de 34 pessoas, por suspeita de conexão com o tráfico de drogas e grupos de extermínio, foram proibidos de entrarem hoje (9) pela manhã no Fórum de Jaboatão dos Guararapes por ordem da juíza Maria Inês Albuquerque, da Vara Privativa do Júri.

Segundo o advogado Maurício Bezerra, presidente da Promotoria de Defesa, Assistência e Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil – Secção Pernambuco (OAB-PE), a juíza iniciou hoje os interrogatórios das testemunhas por volta das 9h e não permitiu o acompanhamento dos advogados, direito garantido pela profissão.

“Ficamos sem ter acesso às dependências do Fórum por mais de uma hora, enquanto outras pessoas puderam entrar sem problemas”, denunciou Maurício Bezerra. O advogado revelou que a juíza Maria Inês Albuquerque já enfrenta duas representações na OAB-PE por dificultar a ação dos advogados que atendem os detidos da Operação Canaã e que a atitude desta segunda-feira levará a OAB-PE a entrar com outras duas reclamações: no Conselho Nacional de Justiça e no Ministério Público de Pernambuco (MPE).

“A juíza Maria Inês já vinha tomando posições que atrapalhavam nossa atuação como defensores dos acusados envolvidos na Operação, mas dessa vez ela extrapolou, proibindo a nossa entra no Fórum. É inadmissível que uma magistrada trate dessa maneira, profissionais que estão cumprindo com o seu dever dentro das prerrogativas que a profissão lhes garante”, complementou o advogado.

Um comentário:

Anônimo disse...

nada assusta neste fórum, onde existem várias arbitrariedades... o próprio MP, é negligente e incapaz de solucionar os fatos mais urgentes, mesmo sob apelos de profissionais! Juízas que se rotulam como donas domundo e esquecem que, por trás de cada sentença, existem famílias, crianças e cidadãos sofrendo as indiferenças tratadas pela demora e/ou omissão... A Corregedoria do estado, deveria se pronunciar e averiguar de perto os absurdos que existem por trás de cada bureau e de cada rosto maquiado...A OAB poderia dar uma forcinha!!!